Recebi no email e me tirou as dúvidas sobre essa crise...
É assim:
O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase
todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço
que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao
estabelecimento, tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais
recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI,
SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o
que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de
capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F,
cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu
Biu). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios,
com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro
para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia
sifu.
Viu... é muito simples!!!
Veja também: Procura-se, Video Parlamentar.
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